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Rio de Janeiro-RJ: ato contra as olimpíadas é brutalmente reprimido no Méier

Rio de Janeiro-RJ: ato contra as olimpíadas é brutalmente reprimido no Méier

Agosto 12, 2016 - 00:00
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Nesta sexta-feira, dia 12 de agosto, manifestantes reuniram-se na praça Agripino Grieco, no Méier, para fazer uma passeata em prol da educação e denunciar os abusos do Estado com as Olimpíadas e o descaso com os serviços públicos. O ato começou por volta das 14 horas e saiu pelas ruas do bairro por volta das 15 horas.

Nas faixas, dizeres como "a tocha mata" podiam ser vistos, fazendo alusão às remoções que vêm acontecendo devido à realização das Olimpíadas. Muitos cartazes também mostravam apoio às ocupações de escolas e pediam por melhorias na educação pública. A intenção dos manifestantes era se aproximar do estádio Engenhão, gritar palavras de ordem e exibir suas faixas e cartazes, porém a ação truculenta da Polícia Militar tornou impossível esse desfecho.

Logo na primeira vez que a manifestação se aproximou do estádio, bombas de efeito moral foram lançadas contra os manifestantes. Policiais atiraram com balas de borracha, ferindo um manifestante que precisou ser levado ao hospital. Moradores da região se solidarizaram com os ativistas.

O protesto se reagrupou na rua Dias da Cruz, uma das principais do Méier e seguiu no sentido oposto. Ao cruzar a passarela, mais repressão. Desta vez, a truculência da Polícia Militar foi brutal. De cima do viaduto, policiais arremessavam bombas de gás lacrimogênio em sequência. Outros policiais atiravam com balas de borracha incessantemente na direção de um grupo de pessoas que já se encontravam encurraladas. Alguns manifestantes conseguiram se abrigar em comércios da região, outros entraram em um estacionamento para se protegerem da forte repressão da Polícia Militar.

Policiais então invadiram o estacionamento onde se encontrava grande parte dos manifestantes e levaram cerca de 50 pessoas detidas. Um ônibus foi parado pelos policiais e usado para encaminhar os detidos para a Cidade da Polícia. Lá, foram acusados de invasão de propriedade.

A dona do imóvel usado como abrigo negou a acusação de invasão usada pelos policiais para justificar as agressões e prisões arbitrárias e os manifestantes foram, depois de muitas horas, liberados. Enquanto os 52 detidos encontravam-se na Cidade da Polícia, o restante dos presentes no ato realizava uma vigília no lado de fora em busca de informações e esperando a saída dos detidos.

A ação brutal da Polícia Militar assustou os moradores da região que, em grande parte, ajudaram os manifestantes durante a repressão. O ato não chegou ao Engenhão, terminou na Cidade da Polícia.

Já existem outras mobilizações marcadas até o fim dos jogos. No facebook já há um ato marcado para quarta-feira, na Cinelândia, às 14 horas.

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