Rio de Janeiro-RJ: Moradores da favela da Mangueira têm suas casas violadas e são presos arbitrariamente
Na manhã desta terça-feira(09/01) um militante do movimento social ADEP, junto de mais dois familiares e moradores da mangueira foram vítimas de uma violação ilegal ao seu domicílio.
É recorrente e preocupante a atuação da PM nas favelas brasileiras. A PM do Rio de Janeiro é a que mais mata no Brasil e tem recorde de assassinato superior a países que tem pena de morte institucionalizada. Sabemos que na favela os direitos humanos não são respeitados, isso é rotina nas comunidades brasileiras.
na Mangueira e no metrô-mangueira há histórico recente de violações policiais. No ano passado, por exemplo, houve forte repressão aos lava-jatos próximos à comunidade que eram importantes como fonte de renda aos moradores que usavam dessa forma de sustento para alimentarem suas famílias.
O ADEP começou nessa mesma terça uma campanha independente pela soltura do companheiro detido e seus entes, assim como o coletivo ADEP tem uma política de levar arte, cultura e educação para a favela, lutando cada dia para pôr a juventude negra e periférica na universidade, que lhes pertence. Segue abaixo nota à favor da liberdade do Companheiro Renan.
"Ativista negro, militante anarquista, estudante da UERJ, integrante do Adep teve sua casa na Favela da Mangueira ilegalmente invadida por policiais, que o levaram junto a primos seus, durante mais uma incursão policial no Rio de Janeiro. Embora possamos dizer que ele foi preso por suas atividades sociais e políticas, trata-se antes de tudo de mais um alvo racista dentro do estado genocida instaurado nas favelas cariocas, que nega os direitos mais básicos à população pobre e principalmente negra. Exigimos que o lar de todo favelado seja respeitado tanto quanto as coberturas dos ricos empresários e magistrados.
LIBERDADE JÁ!"
Por ADEP - Ação Direta em Educação Popular
Imagem ilustrada por Cris Oliveira