Rio de Janeiro – RJ: juízes negam Habeas Corpus de Rafael Braga e sessão é adiada
Nesta terça-feira, dia 1 de agosto, foi o ínicio do julgamento do Habeas Corpus do caso Rafael Braga. Após dois votos favoráveis à continuidade da pena para o rapaz – condenado a 11 anos – houve um pedido de vista e o julgamento do caso foi adiado.
Rafael foi condenado a 11 anos de prisão após sofrer, segundo testemunhas, um flagrante forjado de aproximadamente 10 gramas de cocaína próximo à casa de sua mãe, na Vila Cruzeiro. O homem já possuía problemas judiciais após ser vítima de injustiça em uma manifestação em 2013, da qual não participava. Na ocasião, policiais o detiveram portando uma garrafa de pinho sol – de plástico – e alegaram posse de explosivos. Rafael morava na rua.
Um dia antes da votação do Habeas Corpus, houve intensa mobilização tanto nas redes sociais quanto na porta do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde centenas de manifestantes se reuniram em um ato em prol da liberdade de Rafael Braga. O apelo popular pela soltura do rapaz é forte, porém a situação é delicada, e os desembargadores parecem ignorar a voz da população.
O caso Rafael Braga Vieira ilustra perfeitamente o funcionamento de uma justiça racista e elitista quando, na mesma semana em que o julgamento do Habeas Corpus de Rafael se encaminha para um resultado negativo, o filho de uma desembargadora preso portando 15 vezes mais droga que Rafael Braga, além de munições de fuzil, é absolvido das acusações.
A hashtag #libertemrafaelbraga chegou a atingir os trending topics – assuntos mais comentados - no Twitter.
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Somente corrigindo, o filho
Somente corrigindo, o filho da desembargadora foi detido em abril com 130KG de maconha, centenas de munições de fuzil 762 e uma pistola 9mm. Ficou preso 3 meses e saiu para internação psiquiátrica.
A justica burguesa não perdoa
A justica burguesa não perdoa a classe operaraia!
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