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[Rio de Janeiro-RJ] Marcha Marielle presente na Maré

[Rio de Janeiro-RJ] Marcha Marielle presente na Maré

Março 20, 2018 - 00:14
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Neste domingo, 18 de março, ocorreu mais um protesto pela morte de Marielle e seu motorista Anderson, dessa vez percorrendo ao redor da favela da Maré. O ato foi organizado por indivíduos e movimentos sociais da própria comunidade, indignados pelo brutal assassinado da vereadora nascida nesta favela.

O ato saiu do Pontilhão contornando a comunidade pelas principais vias expressas e encerrando na praça do Parque União. A Igreja Nossa Senhora da Paz fez uma missa em homenagem a Marielle e Anderson.

Durante o ato, um policial armado com um fuzil posou para os fotógrafos enquanto filmava com um celular ligado no bolso da farda. Algumas pessoas se sentiram ofendidas entendendo como deboche diante de tal contexto. (Ver foto na galeria)

O caso Marielle

Na noite do dia 14 de março, a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram seguidos por um carro desde a Lapa, onde Marielle participava de um evento, até o bairro do Estácio, onde foram executados com treze tiros, quatro disparados contra a cabeça da vereadora. Segundo a perícia, nada foi roubado e a cena apresenta fortes indícios de execução. Entre as balas disparadas, algumas pertenciam a um lote vendido para a Polícia Federal em 2006.

Marielle sempre esteve engajada na questão de segurança pública e direitos humanos, fazendo diversas denúncias sobre violência e abuso policial nas periferias. Mais tarde se filia ao PSOL e é eleita com grande quantidade de votos.

Recentemente, no dia 28 de fevereiro foi nomeada relatora da comissão que vai acompanhar a 'intervenção militar' no Rio de Janeiro ao qual fez muitas críticas. No dia 10 de março Marielle fez denúncias sobre a atuação do 41o batalhão da PM por execuções de jovens no complexo da Acari, através da seguinte postagem em rede social:

“Precisamos gritar para que todos saibam o está acontecendo em Acari nesse momento. O 41° Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari. Nessa semana dois jovens foram mortos e jogados em um valão. Hoje a polícia andou pelas ruas ameaçando os moradores. Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior”

No dia 13 de março, um dia antes de seu assassinato, fez mais uma postagem em rede social denunciando a atuação do 41o batalhão:

“Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”

No dia seguinte ao assassinato, o ministro da justiça, Raul Jungmann, tenta amenizar os holofotes voltados contra as forças de segurança do estado e a intervenção militar, afirmando que o lote de balas da Polícia Federal utilizado na execução de Marielle Franco e Anderson Gomes, deveria ter sido entregue via correios, mas havia sido furtada da sede regional dos correios na Paraíba. No entanto, a empresa divulgou em nota que não houve nenhum registro de tal roubo e que o mesmo foi entregue.

Comoção

Após o assassinato de Marielle, diversas manifestações populares ocorreram nas principais cidades do país. No Rio de Janeiro duas já ocorreram, uma na quinta-feira, dia 15, reunindo aproximadamente 50 mil pessoas no centro da cidade e ontem, dia 18 de março, milhares de pessoas participam da Marcha Marielle Presente no Complexo da Maré.

 

Leia também: [Rio de Janeiro-RJ] Vereadora é morta após denúncias e gera revolta

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